
Os brasileiros param tudo o que estão fazendo para assistirem a Seleção Brasileira na Copa do Mundo. Já em relação a olimpíada, os brasileiros não dão o mesma audiencia para ver... Mas, em Sidney, o nosso país parou por alguns minutos para assitir uma prova de natação. Naquela ocasião, estava ali um jovem de 22 anos, entre os consagrados Gustavo Borges e Fernando Scherer, além de Carlos Jayme para um revezamento 4 x 100.
Por ironia do destino, Edvaldo Valério seria o último nadador do revezamento, como uma “bala de revolver”, o baiano conseguiu superar a quinta colocação e finalizou a prova na terceira colocação. Com este feito o quarteto brasileiro ganhou uma merecida medalha de bronze que foi importantissíma para Valério. Entretanto, mais de uma década se passou e essa conquista caiu no esquecimento dos brasileiros e de nós, baianos.
E o descaso com a natação na capital baiana vem de muito tempo. Edvaldo Valério fez toda a sua preparação para a olímpiadas em que foi medalhista, no Clube do Baneb com profissionais locais. Já no fim de carreira, Valério teve que sair de Salvador para poder manter o nível de treinamento que tinha. O nadador passou quatro anos fora competindo por clubes divididos entre Belo Horizonte e Porto Alegre.
Em Salvador faltam piscinas olímpicas para nadadores, ou melhor, só existia uma!... A Fonte Nova foi demolida para uma nova Arena para a Copa do Mundo, e com ela foi para o chão o Complexo com uma pscina olimpica que servia tantos para os nadadores profissionais da cidade como para centenas de jovens e adultos que praticavam essa modalidade.
De acordo com Valério, em entrevista concedida ao Jornal Folha de São Paulo e ao site Ibahia.com, no ano de 2011, nada vai mudar drásticamente na natação depois das olimpiadas. E observem que os jogos olimpicos do Rio de Janeiro, em 2016, estão longe. Edvaldo diz ainda que depois do Pan, no Rio de Janeiro, nenhuma mudança positiva concreta e significativa ocorreu para natação. Um exemplo disso, foi a burocracia, desorganição e descaço com o Complexo Aquático Maria Lenk.
Hoje Valério segue sua luta, vencendo os obstáculos da vida como todo guerreiro, dando aulas de antação na AABB (Associação Atlética do Banco do Brasil) e sonha em mais tarde se tornar um técnico. É o mínimo que um campeão merece depois do seu talento emprestado ao seu país.
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Artigo escrito por Antônio Aloísio.
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