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sexta-feira, 30 de março de 2012

“EDBALA” PAROU. VOCÊ SABE POR QUÊ?


O nadador Edvaldo Valério, o baiano “Edbala” das piscinas, se aposentou em 2009. Porém, hoje muitas pessoas não sabem quem foi esse talentoso nadador baiano. Após 12 anos de uma medalha de bronze nas Olimpíadas de Sidney, na Austrália, Valério (e eu), se mostra hoje desacreditado com o futuro da natação, principalmente em Salvador.

Os brasileiros param tudo o que estão fazendo para assistirem a Seleção Brasileira na Copa do Mundo. Já em relação a olimpíada, os brasileiros não dão o mesma audiencia para ver... Mas, em Sidney, o nosso país parou por alguns minutos para assitir uma prova de natação. Naquela ocasião, estava ali um jovem de 22 anos, entre os consagrados Gustavo Borges e Fernando Scherer, além de Carlos Jayme para um revezamento 4 x 100. 

Por ironia do destino, Edvaldo Valério seria o último nadador do revezamento, como uma “bala de revolver”, o baiano conseguiu superar a quinta colocação e finalizou a prova na terceira colocação. Com este feito o quarteto brasileiro ganhou uma merecida medalha de bronze que foi importantissíma para Valério.  Entretanto, mais de uma década se passou e essa conquista caiu no esquecimento dos brasileiros e de nós, baianos.

E o descaso com a natação na capital baiana vem de muito tempo. Edvaldo Valério fez toda a sua preparação para a olímpiadas em que foi medalhista, no Clube do Baneb com profissionais locais. Já no fim de carreira, Valério teve que sair de Salvador para poder manter o nível de treinamento que tinha. O nadador passou quatro anos fora competindo por clubes divididos entre Belo Horizonte e Porto Alegre.

Em Salvador faltam piscinas olímpicas para nadadores, ou melhor, só existia uma!... A Fonte Nova foi demolida para uma nova Arena para a Copa do Mundo, e com ela foi para o chão o Complexo com uma pscina olimpica que servia tantos para os nadadores profissionais da cidade como para centenas de jovens e adultos que praticavam essa modalidade. 

De acordo com Valério, em entrevista concedida ao Jornal Folha de São Paulo e ao site Ibahia.com, no ano de 2011, nada vai mudar drásticamente na natação depois das olimpiadas. E observem que os jogos olimpicos do Rio de Janeiro, em 2016, estão longe. Edvaldo diz ainda que depois do Pan, no Rio de Janeiro, nenhuma mudança positiva concreta e significativa ocorreu para natação. Um exemplo disso, foi a burocracia, desorganição e descaço com o Complexo Aquático Maria Lenk.

Hoje Valério segue sua luta, vencendo os obstáculos da vida como todo guerreiro, dando aulas de antação na AABB (Associação Atlética do Banco do Brasil) e sonha em mais tarde se tornar um técnico. É o mínimo que um campeão merece depois do seu talento emprestado ao seu país.



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Artigo escrito por Antônio Aloísio.

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