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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

CLIPAGEM DA NET - Estudo da Ufba reabre debate sobre viabilidade de autódromo na Bahia



No momento em que todos os grandes investimentos públicos convergem para parcerias com a iniciativa privada, desembolsar quantias milionárias numa estrutura gigantesca para atender a demandas pontuais é um contrassenso. Some-se a isso a dificuldade encontrada por autódromos de grandes centros, como o do Rio de Janeiro, recentemente desativado, para se manterem viáveis e está fechado o pacote de argumentos para vetar a construção de um autódromo na Bahia.


O desafio da Federação de Automobilismo da Bahia (FAB) é derrubar todos esses argumentos. Para isso, vem mantendo contato com o governo do estado e promotores de eventos para apresentar, na próxima segunda-feira, projeto e investidores para tornar o equipamento realidade.

Segundo a presidente Selma Morais, R$ 40 milhões seriam suficientes para construir um autódromo capaz de receber qualquer categoria do automobilismo nacional. Emprésários atraídos pela dirigente estariam dispostos a propor uma parceria nos moldes de uma PPP, mas o governo teria que desapropriar uma área de quase um milhão de metros quadrados. Os investidores e a localização das áreas já aprovadas pela Confederação Brasileira de Automobilismo são guardados a sete chaves por Selma, que só revela se tratarem de terrenos particulares nas cidades de Camaçari e Simões Filho.

Para provar o interesse público que justificaria a desapropriação e a possível contrapartida do estado, a Federação Baiana buscou respaldo na Universidade Federal da Bahia. Na segunda, quando estiver com o Secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos, e o superintendente da Sudesb, Bobô, será apresentado um estudo feito na Ufba.

O professor de engenharia mecânica Roberto Sacramento, coordenador do convênio da universidade com a FAB, ancora a viabilidade do futuro autódromo na sua utilização como campo de provas de montadoras como a Ford, instalada em Camaçari, e a JAC Motors, em vias de implantação. "Hoje os testes são realizados em São Paulo", diz Sacramento. Além disso, a Ufba teria interesse em criar um centro de estudos automotivos, que poderia evoluir para uma escola profissionalizante de mecânicos e pilotos.

A entrada do secretário Nilton Vasconcelos nas conversas sobre o autódromo é tida como um avanço. Antes, a negociação vinha sendo conduzida pelo secretário de turismo, Domingos Leonelli, contrário à construção do equipamento, que não considera prioritário. "Não adianta ter autódromo sem corrida. Eu tenho corrida sem autódromo", diz Leonelli, que festeja o imenso retorno obtido com a Stock Car, com 50 mil espectadores em 2011 e uma movimentação financeira de R$ 20 milhões, além da ocupação hoteleira na baixa estação.


Selma Morais garante que, com autódromo, é possível multiplicar o sucesso da Stock "por 15 ou 20 vezes" com a atração de outras categorias, como Fórmula Truck, Brasileiro de Marcas, Fórmula Fiat, entre outras. A Vicar, empresa que organiza a Stock Car, garante total interesse e apoio à construção do autódromo. Além disso, Roberto Sacramento, da Ufba, defende que o autódromo abrigue shows. "Salvador é uma cidade muito pobre para abrigar eventos de certo porte", avalia. "O Governo deve enxergar o autódromo como mais uma fábrica que quer se instalar na Bahia, só que uma fábrica de entretenimento", diz Selma.

Fonte - Ibahia.com - Alan Rodrigues

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