Sem
fugir à tradição, boa parte da equipe japonesa inscrita no Mundial de Judô por
Equipes - que acontece na capital baiana no próximo final de semana, 27 e 28 -
chegou muda e saiu calada do Aeroporto de Salvador. Mas os poucos atletas que
falaram com a reportagem de A TARDE, na segunda, 22, provocaram reação em
cadeia nos rivais brasileiros, cujo voo chegou na cidade duas horas depois.
Aos
27 anos, Nishiyama vem de bronze olímpico, em Londres, pela categoria até 90
kg. Já familiarizado com o calor de Salvador, em 2010 ele foi campeão por
equipes da Copa do Mundo disputada na cidade.
O
Brasil só entrou em cena quando Nishiyama foi convidado a apontar um adversário
à altura da potência japonesa. "Brasil é o mais forte. Por estar em casa,
vai dar muito trabalho", disse o judoca, antes de deixar o saguão do
aeroporto.
Também
bronze em Londres, na categoria mais de 100 kg, Rafael Silva saiu em defesa dos
brasucas: "O Japão veio com um time forte. É uma escola que tem tradição,
mas o Brasil tem a vantagem de lutar em casa".
Maria
Suelen, mais ousada, disse que está torcendo para pegar no tatame a japonesa
Mai Tateyama, pela categoria mais de 78 kg. "Pode escrever aí que nós
vamos vencê-las em casa", disparou a brasileira, ao saber que a rival
concorda com o favoritismo a favor do Japão.
Convocado
de última hora para substituir Leandro Guilheiro, o judoca Felipe Costa afirmou
que estava treinando na expectativa de surgir uma chance como esta.
"Espero
fazer jus à convocação", desejou Costa, que entrou no lugar de Guilheiro
por este estar se recuperando de uma cirurgia no ombro esquerdo, feita na
semana passada. "Quanto ao favoritismo japonês, eu discordo. É um dos
favoritos, como a Rússia, mas não o principal. Somos mais do que eles, por
estarmos competindo em casa", contrapôs.
Outro
integrante da equipe é o judoca Henrique Silva, um dos novatos, que revelou uma
informação ótima para ele: "Posso dizer que faço parte do ciclo olímpico
para o Rio-2016".
Fonte:
Jornal A Tarde
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