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sábado, 3 de novembro de 2012

CLIPAGEM DA NET – Piloto baiano reúne patrocinadores e vê chance de estrear pela Fórmula 1


Vice-campeão da GP2 com uma equipe que não figurava entre as melhores da categoria havia alguns anos, Luiz Razia, impressionou os chefes de equipe da Fórmula 1 em 2012. Mesmo assim, o baiano sabe que seu ótimo desempenho na divisão de acesso não é garantia de uma vaga na elite do automobilismo. Para conquistar um cockpit, ele tratou de captar patrocínios e, aí sim, conversar com os times que ainda mantêm suas duplas em aberto.

Com um teste marcado, ele concentra suas fichas na Force India, time pelo qual testou em setembro. Os testes para pilotos novatos em Yas Marina serão realizados de 6 a 8 de novembro, na semana seguinte à realização do GP de Abu Dhabi, marcado para este domingo, dia 4 de novembro.

- Tenho muita fé, acredito que vou conseguir essa vaga, estou fazendo o máximo possível. Estou tentando conquistar as equipes pela pessoa que eu sou, pelo profissional que eu sou, e acredito que tenho um bom pacote para todas as equipes que estamos negociando. Estou tranquilo quanto a isso. Temos que fazer nosso melhor, viver o momento de cada dia, e as coisas vão acontecer naturalmente. Vai ser o que for para ser, na verdade – disse o piloto, em entrevista à Rádio Globo, pouco antes de embarcar para Abu Dhabi, onde se juntará ao staff da STR.

A expressão “bom pacote” não é usada à toa. Além do talento demonstrado nas pistas e da capacidade de se tornar um bom relações públicas para os patrocinadores das equipes perante a mídia, Razia conta ainda com apoiadores pessoais, grande parte de empresas brasileiras. Um perfil necessário aos pilotos que almejam um lugar ao sol no automobilismo de hoje, e no qual ele faz questão de se enquadrar, mesmo não considerando o atual cenário o mais justo para que um piloto prove sua capacidade.


- Se eu não tivesse nenhum tipo de patrocinador, poderia juntar as malas e voltar para casa. Estamos na posição de falar com algumas equipes porque conseguimos patrocinadores devido ao desempenho na GP2 e devido à imprensa no Brasil, que foi muito generosa em dar atenção aos meus resultados. Se eu não tivesse nenhum patrocínio, claramente estaria voltando para o Brasil, mas isso não é o caso. É assim que a banda toca agora. A vida é adaptar, simplificar e executar. A gente tem feito este processo e, graças a Deus, tem estes recursos para estar na Fórmula 1 no ano que vem.

Antes de mirar um posto de titular, Razia já teve outras experiências com times de Fórmula 1, mas nos chamados “nanicos”. Em 2010 e 2011, ele testou carros da Marussia e da Caterham, chegando a disputar um treino livre no GP do Brasil do ano passado com o time anglo-malaio. A proximidade com as equipes de F-1 é fruto de seu dia a dia na GP2 – um campeonato que corre nas mesmas pistas e datas, como preliminar. Razia confessa que, enquanto vencia corridas na categoria de base, tratou de manter contato com os chefes das equipes de quase todo o grid.

- Eu bati à porta de todas as equipes, praticamente. As opções foram se fechando a poucas equipes e, no final, estamos ainda conversando com duas, três, que são realmente para vaga. Mas precisamos, agora, concretizar o assunto. Obviamente é um pouco difícil falar que equipes são, pelo fato de acabar atrapalhando as negociações, mas estamos em um bom passo, e acho que as coisas vão dar certo.


Mesmo sem abrir o jogo sobre os nomes dos times, ele não esconde que as chances maiores se encontram naqueles com os quais teve algum tipo de contato mais próximo em 2012. Na STR, onde vai testar, a única chance no momento é a de se tornar um reserva de Vergne e Ricciardo. O time é ligado à RBR, atual bicampeã de pilotos e construtores, equipe gerida por Christian Horner. Não por acaso, Horner é o dono da Arden, equipe que Razia levou ao vice da GP2 neste ano.

Por outro lado, o bom equipamento e a estrutura inglesa da equipe Force India - que teve uma vaga aberta nesta semana com o anúncio da ida de Nico Hulkenberg para a Sauber - agradam o brasileiro. Que, mesmo falando italiano fluentemente, diz que prefere o método de trabalho dos britânicos. Além disso, andar por um time médio é também uma forma de se manter sob os olhos dos dirigentes de times grandes, que geralmente buscam pilotos de destaque no pelotão intermediário para guiar ao lado de nomes consagrados. Como aconteceu recentemente com o mexicano Sergio Pérez, que trocou a Sauber pela McLaren.

- Tenho que conseguir a melhor oportunidade, mas não devo ficar escolhendo demais, e sim seguir um plano. As equipes são boas e seria um bom passo entrar numa destas duas. A Force India é uma equipe que está à frente da STR em termos de carro e desempenho, e estrear em um time como este aceleraria muito meu processo de chegar a uma equipe boa em dois ou três anos. Mas primeiro a gente precisa chegar à F-1, este é o primeiro objetivo, para este final de ano.

Fonte: Globo.com

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